Este estudo monográfico traz como problemática a questão
da falibilidade humana, no sentido de que o nosso modo de ser, já é de certo
modo uma característica inerente à situação do ser humano no cosmos. Que neste
trabalho é denominado de Absurdo, conceito que revela denuncia uma realidade na
dimensão humana, de que já estamos fadados ao inexplicável. Fazer do ser
humano, um ser que mediante reflexão, leva ha um caminho de autenticidade e
veracidade, o que acarreta em uma atitude, ética, de incentivar o homem
contemporâneo para um enfrentamento para com há vida real, para uma possível
felicidade. Afinal todos os projetos ou nenhum, são incomensuráveis, diante da
vida. A não realização de algumas aspirações humanas, não é motivo para total
desconstrução. O que torna a vida como uma experiência singular é a tentativa,
o lançar-se, o buscar: Sentido. Num mundo que a natureza segue uma lógica, e o
homem vê a si mesmo, como meio intrigante e misteriosa sua posição e
finalidade. De maneira irrestrita aos homens não fica clara, a insolúvel
questão de nossa origem, embora possam reconhecer que existem homens,
realizados, felizes, autênticos. Quando passamos pelas situações da vida, com a
certeza de que somos falíveis, sujeitos errantes. Acontece que na tomada de
consciência, de nossa posição limitada, aproxima-nos, com muita lucidez, das
reais possibilidades: do corpo singular e do corpo social, humano. As efetivas
construções de sentidos na vida humana são colocadas como um modo de
existência, não isolado, mas que diante de outros modos de existência, ou seja,
um ser em relação com outros. A guinada que o filósofo Albert Camus e Thomas
Nagel traz ao homem, é que tomar como ponto de partida ha vida como absurda ou
sem sentido. Nada justifica que o homem de furtar-se de agir e reagir, na
existência. Afinal somos seres inseridos na história, na política, na ética e
temos uma realidade metafísica que nos envolve.
Palavras-chave:
Falibilidade – Absurdo – Homem- Sentido.
INTRODUÇÃO
Os
seres humanos são criaturas que procuram pelo sentindo. Quando não encontram
alguma referência ou sentido para a
vida, os humanos caem muito facilmente em desespero. Não se pensa o ser humano
desprovido de algum projeto, alguma aspiração, nenhuma criatura viva, e mesmo o
ser humano está desprovido do desejo de vida.
Pensando
sobre está perspectiva de que todos os seres vivos querem viver. A
particularidade do homem na terra são suas habilidades de construção,
fabulação, que os seres humanos têm, pois são dotados de inteligência e
linguagem, ou seja, tem a capacidade de intuir sobre sua condição e transmitir
a outros seres humanos, suas angústias e alegrias.
No
campo filosófico a questão sobre sentido da vida, orientação e educação para
melhor forma de viver. São temas que perpassam os discursos ao longo de
séculos. A filosofia disciplina do conhecimento humano que, tem seis eixos, que
sustentam teorias seriam eles: Lógica, Metafísica, Política, Teoria do
Conhecimento (epistemologia), Ética e Estética.
Todo
filósofo tem seu campo de pesquisa, mas todos eles apresentam de uma forma até
que sistematizada, certa composição destes temas. Colocando o que para a filosofia
deste da Grécia antiga, onde se originou está sistematização de conhecimento; O
que realmente é importante: é a pergunta, o problema sugerido e a estratégia
que o homem usava para convencer seus interlocutores.
Este
estudo monográfico tem com questão; O não sentido da existência como algo
próprio da condição humana. A estratégia para responder está tão cara questão
para a humanidade. Utilizou-se de dois pensadores, Albert Camus (1913-1960) e
Thomas Nagel (1937). Ambos têm uma ideia de que a vida em certa medida é
Absurda ou e Sem Sentido. Toda discussão filosófica é que se deve prevalecer a
postura de engajamento e enfrentamento para com a vida, seja ela qual for.
Neste
ensaio monográfico, o tema é divido em três capítulos, que se pensou que
fazendo uma contextualização de em micro história do conceito, usado pelos dois
filósofos. O conceito de Absurdo. Uma
rápida colocação da inquietação filosófica de Camus.
No
Segundo momento análise de forma criteriosa a obra o Mito de Sísifo (1942), de
Camus, escalonando os principais argumentos e conceitos, sobre a postura do
homem diante da vida absurda (a antropologia), demostrar a simbologia que a
mitologia, com qual fica evidente que com astucias que sua filosofia elucida a
questão, argumenta-se sobre a questão de usar o mito como artificio retórico
simbólico (no caso o mito de Sísifo). E conhecendo o teor filosófico de Camus,
em suas obras litarias, recortando apenas a obra O Estrangeiro, que seria uma
espécie de novela do Absurdo.
Mas
como nenhuma resposta é acabada, pronta à reflexão sobre o sentido da vida,
pois ocorrem mudanças nos padrões de comportamento, uma mudança de
mentalidades, no percorrer da história, foi recolocada por um filósofo a
problemática: a vida um teria sentido?
Thomas Nagel americano, filósofo de poucos leitores
no Brasil, pelo fato de suas obras algumas apenas traduzidas em partes, mas que
de uma maneira audaciosa, tenta responder, ou minimante, dizer num mundo
filosófico pós-moderno. Seria a vida mesma sem sentido? Sabendo-se dos trabalhos de Viktor Frankl (1905- 1997), no campo da psicologia, com sua teoria cobre o
sentido da vida. Optou-se nesta pesquisa, em dizer sobre o que um filósofo
vivo, no caso Nagel, teria a dizer sobre o sentido da vida.
1 A QUESTÃO DA VIDA ABSURDA
E O NÃO SENTIDO
“O
sentido da vida é a questão mais decisiva de todas.” CAMUS.
O objetivo deste
capítulo é anunciar o pensamento, sobre a resposta que o filósofo Albert Camus,
dentro da discussão filosófica existencialista, e de como este notável pensador
articula seu pensamento em seus escritos filosóficos. Neste capítulo é colocado
o a insolúvel questão de um sentido da vida, apartir de uma linha histórica,
recordando a questão e destacando em relevo Kierkegaard filósofo, já no fim da
modernidade, cravou na história da filosofia há problemática da existência,
como questão que só cabe ao indivíduo, responder, sobre sua posição singular
diante da vida. Num segundo
momento uma pequena descrição bibliográfica do conceito de Absurdo, que outros
filósofos ao longo da história se valeram e o sentido de sua significação. Para
que de maneira unívoca o conceito de Camus seja endendito.
Colocar em questão a “existência” na história da filosofia não é
novidade das correntes contemporâneas, esta exclusividade e pertinência da
mesma vieram junto ao pós-guerra na Europa, nutrindo no homem europeu do fim do
século XIX uma desesperança diante da vida, Soren Kierkegaard[1] (1813-1855), por exemplo, aponta que os sistemas filosóficos dos
modernos foram incapazes frente à discussão de que a vida envolve um princípio,
sua crítica é principalmente para a filosofia do absoluto de Georg
Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).
Em contrapartida, uma série
de filósofos tais como Martin Heidegger (1889-1976), Jean-Paul Sartre
(1905-1980), Albert Camus (1913-1960) e outros. Pensaram está questão a partir
de uma nova ótica, não mais com o intuito de legitimar um discurso teleológico[2], portanto para uma perspectiva humanista, onde não mais o sentido
da vida é buscado fora do mundo, se não, no próprio homem: “De descrição geral,
que nas filosofias da existência o problema da existência precede o da
essência, que seria esta a característica distintiva dos existencialismos em
relação às filosofias tradicionais” (ABRÃO, 1999, p. 443).
O aparecimento dos
neologismos é raramente datado com precisão. Apollinaire pode apresentar ao
público as razões que o levaram a forjar o adjetivo “surrealista” no seu livro
Tirésias de 1918. O mesmo não acontece bem com “existencial”, nem com
“existencialismo”. Mas sabe-se que o emprego filosófico do primeiro ocorre
aproximadamente na metade do século XIX, e o segundo, cerca de um século mais
tarde.
Durante as décadas de
1930-1950, o existencialismo, parece designar um clima de pensamento, uma
corrente literária vinda da Europa do Norte, dos países eslavos ou germânicos.
Um de seus traços principais seria a percepção do sentido do absurdo juntamente
com a do sentimento trágico da vida[3]. A experiência de uma humanidade entregue as violências
mortíferas às monstruosidades de uma guerra particularmente, violenta teria
exigido dos artistas, dos escritores e dos filósofos, novas reflexões, capazes
de repor em questão: o exercício de uma liberdade ainda a conquistar, e um
esclarecimento sobre sentido da vida.
Camus o filósofo argelino[4] com uma escrita francesa. Escreve seu pensamento através da
literatura, romances-tese. Isto é uma marca forte de seus escritos filosóficos,
pois acreditava que há, na forma literária, que é arte criativa e viva, tem a
sutileza de perscrutar a alma humana, sendo capaz de descrever vivências, reais
ou possíveis do ser humano e denunciar suas fragilidades.
Camus se vale de uma
estratégia literária para expressar seus conceitos. O romance, por exemplo, O Estrangeiro publicado no mesmo ano que
seu ensaio filosófico, O Mito de Sísifo,
1942. Apresenta ao mundo o que iria ser
seu grande ponto de partida, para a sua filosofia
do Absurdo. Como uma atitude frente à vida.
Este estudo monográfico, de conclusão do curso de filosofia pretende
abranger o conceito de Absurdo nos seus mais variados significados e uso nas
ciências, mas restringir ao campo semântico[5], orientado pelo filósofo Albert Camus e o contemporâneo Thomas
Nagel[6] (1937).
Camus que foi considerado o
“profeta do Absurdo”, por uma geração de intelectuais. O Absurdo como uma
realidade da experiência humana em sua situação de Ser vivo, pode ocorrer deste sentimento, desta sensibilidade, que
pode ser experimentada por qualquer ser humano - Um conflito entre ideal e a vivência do cotidiano- Esta situação
trava na vida um hiato entre a falta de explicações e sentido para a condição
do homem.
Num percurso interno da
leitura de seu primeiro ensaio O Avesso e o Direito (1937), até sua última obra, inacabada e publicada póstuma, O Primeiro Homem (1994). Em Camus o
estilo literário e no ensaio filosófico mescla-se em sua obra, o estudioso
Manuel Costa Pinto[7] argumenta que Camus se vale: “ideia - pré-concebida”, a maneira
de Proust, “com que a inteligência do artista cria um universo ao quais os seus
heróis deverão resistir e fora do qual não há nada” (PINTO, 1998 p.124).
A atitude filosófica do
argelino Camus é para elucidar sua filosofia do absurdo acerca da problemática
filosófica da: liberdade do homem, sua situação e esperança, enquanto humanidade[8]. Como literato e filósofo Camus, diz que a falta de sentido ou de
justificação racional para a existência do homem e do universo, não são razões
suficientes para total descrença.
Pois isso pode querer dizer que o objeto concreto da minha
atenção, o céu, o reflexo dessa água sobre um lado desta capa conserva
unicamente com eles esse prestígio do real que o meu interesse isola no mundo.
E eu não o negaria. Mas isso pode querer dizer também que essa própria capa é universal
em sua essência particular e eficiente, pertence ao mundo das formas ( CAMUS,
2010 p.54).
O livro O mito de Sísifo trata de conceituar com várias demonstrações, o
argumento norteador de Camus, de que a vida é Absurda, mas que traz ao homem
consequências que não o impede de agir ou suicidar-se[9], mas discute o que estas posturas são sempre discutíveis, pois; “Julgo, portanto, que o sentido da vida é a questão mais decisiva de
todas” (CAMUS, 2010 p.19).
O ensaio-tese O Mito de Sísifo, descreve sobre o tema
que Camus irá até o fim de sua trajetória filosófica: A noção de sentido da
vida humana, e a constatação do Absurdo. O livro começa questionando se a vida
vale ou não ser vivida? Em uma pergunta desconcertante o argelino articula um raciocínio para o Absurdo, se há escolha não for o suicídio. Aqueles que
decidem viver podem penetrar na dimensão do absurdo que nos cerca. “A
experiência do absurdo e a atitude racional do homem diante do mundo é o tema
central do Mito de Sísifo” (BARRETO, 1979 p.478).
O raciocínio de Camus é pergunta-se: mas afinal em que relação à
vida é absurda?
E enfrentando até o
fim essa lógica absurda, tenho de reconhecer que essa luta pressupõe a total
ausência de esperança (que não tem nada a ver com o desespero), a recusa contínua
(que não se deve confundir com a renúncia) e a insatisfação consciente (que não
acertaríamos em associar à inquietude juvenil). Tudo o que destrói, escamoteia
ou ludibria essas exigências (e, em primeiro lugar, o consentimento que destrói
o divórcio) arruína o absurdo e desvaloriza a atitude que então se pode propor.
O absurdo só tem sentido na medida em que não se consente nisso (2010 p.42).
Pois na constatação de que
todas as tentativas humanas de respostas, planos e projetos, para a melhor
maneira de viver à vida, acabam por em algum momento, falharem, o homem se de
negar sua verdade profunda, que é
estar “preso”. Nesse universo indecifrável e limitado o destino do homem, daí
em diante, adquire seu sentido (CAMUS, 2010 p.34).
A conclusão de que é neste
mundo, que o homem deve se realizar suas potências. Traz ao homem uma
insatisfação, como por exemplo, afinal por que devo agir?
Essa ideia de que “eu
sou”, minha maneira de agir como se tudo tivesse um sentido (mesmo se eu
dissesse, no momento, que nada o tinha), tudo isso se encontra desmentido de
uma forma vertiginosa pela incoerência de uma morte possível (CAMUS, 2010 p.
63).
Camus sustenta a ideia de
para aqueles que não optam pelo suicídio. Há uma dimensão do Absurdo que nos
cerca. Que se situa no encontro com do homem e mundo. Este é o abismo os
separa. Não quer dizer que nada deve ser feito. Mas que nenhuma ação será capaz
de fazer uma Real ponte entre o homem e mundo.
Invertendo os termos
da questão, assim como se alguém se mata ou não se mata, parece só haver duas
soluções filosóficas, a do sim e a do não (...) demais. Mas é preciso incluir a
parte daqueles que, sem consumar, interrogam sempre. Mas chego, aqui, a
ironizar: trata-se de maioria (CAMUS, 2010 p.22).
O homem não tem conhecimento
sobre si, como homem (sua finalidade no cosmos). Nas suas práticas e comportamentos
(criadas historicamente), no conjunto de seus atos, nos acontecimentos, e na
sua passagem sucinta pela vida, o homem fica num vazio de sentido e
esclarecimentos sobre sua origem e finalidade. E na sequência e manutenção da
vida humana. Torna-se um Sentimento Absurdo.
Camus afirma que este tipo
de sentimento é irracional. E tal conclusão acerca da vida acarreta
consequências morais para este pensamento. Para transpor a limitação entre
linguagem e vida. Camus experimentou expressar sua filosofia através de
romances, ensaios, peças de teatro, ao invés de escrever um tratado sobre o
absurdo. Sempre no horizonte de que vida é possibilidade de vida e experiência.
O Absurdo nasce de comparações das realidades. Mas esta entre
as realidades. Assim como um divórcio. Neste sentido não, pode-se afirmar, que
o Absurdo está no homem, ou no mundo
e sim no encontro. Mas afirma Camus só existe absurdo no mundo humano.
O homem no caminho da
consciência, proposta por Camus, encontra uma evidência clara; o mundo ao redor
é Absurdo. Aqui fica evidente que para Camus, viver e ter, o pensamento de que a
própria vida é sem explicação. O Absurdo
é uma partida. Mas o astuto argelino argumenta ir até o fim do vertiginoso
mundo entre vida e Absurdo.
Sentimento como recusa contínua, da falta de verificabilidade, da ausência
total de sentido, - insatisfação
consciente -. Com astúcia o homem pode superar o limite do Absurdo e a vida sem cair no extremo
pessimismo em relação à condição futura do homem. Camus é paradoxal neste ponto
reforça Barretos[10]:
O
sentimento do absurdo, essa “doença do espírito” consiste em viver a cisão, em
sentir o espírito o divórcio entre homem e mundo, a disparidade entre a avidez
humana por um significado e a indiferença do mundo. O absurdo nasce de uma
trindade e só existe enquanto seus três elementos persistem: O homem, o mundo e
a comparação desses dois. ‘o conceito de absurdo não ser ‘uma’ ‘ coisa em si
mesma’, mas o confronto de duas coisas diferentes – a existência e a
inteligência individual. O absurdo não aparece com algo absoluto e universal,
mas uma relação eminentemente pessoal Camus definiu o absurdo como sendo o
confronto da irracionalidade do mundo com o desejo de clareza e racionalidade
que se encontra no homem (1979 p.47).
Denso, porém de clareza
engenhosa, O Mito de Sísifo
apresenta-se como um ensaio curto, no livro percebe-se aguda influência de
autores como Kierkegaard (1813-1855), Friedrich
Wilhelm Nietzsche
(1844-1900), León Chestov (1866- 1938) e
Karl Jaspers (1883-1969). O que liga estes pensadores não é a solução, mas o
teor em que é colocada a questão da vida. A reflexão que Camus faz é de se
espantar-se frente à incoerência do mundo, porém ele é um entusiasta do Homem,
no raciocínio Absurdo, como
consequência o homem deve preferir Agir.
O que fica claro que os filósofos
existencialistas[11] motivarem
o homem para uma postura de enfrentamento, a tensão constante que mantém o
homem diante do mundo, fazendo dele todo um ser que está desperto para sua
situação de finitude e possibilidade (CAMUS, 2010 p.97).
1.1.2 UMA BREVE HISTÓRIA: CONCEITO DO ABSURDO
Percorrendo a história vemos que
muitos pensadores sempre fizeram uso do termo absurdo, mas esta noção carrega
uma dimensão negativa, para algo que é contrário a razão ou bom senso. Segundo
Abbagnano: “de si, crenças, fatos, ou observações perturbadoras, incômodas ou
de qualquer modo estranhas aos sistemas de crenças aceitos por eles ou com eles
contratantes” (2007, p. 6).
Aristóteles (384 A.C-322 A.C) diz
do absurdo por raciocínio, ou redução ao absurdo-raciocínio que assume como
hipótese a proposição contraposta à conclusão e de tal hipótese deriva uma proposição
contrária da própria conclusão e
de tal hipótese deriva uma proposição
contraditória à próprias hipóteses. Sendo assim que, para demostrar a conclusão
que se quer, parte-se do raciocínio que tem com hipótese a contradição da
própria hipótese.
Vulgarmente Aristóteles, chama de
redução ao impossível para designar o que é de ordinário se chama a redução ao
absurdo. Nele encontra-se, contudo: sem
mais, nem dúvida, para abreviar a formúla. (LALANDE, 1999 p.74).
Outro filósofo que usou este
conceito foi Leibniz (1646 – 1716) usa no
mesmo sentido de Aristóteles, mas acrescenta uma nova termologia a demonstração por raciocínio Apagógico,
ao raciocínio por absurdo, não mais, limitando a noção apenas ao domínio da lógica (lógica formal), mas
também do cálculo. Apagógico significa na lógica levar o argumento ao Ad Absurdum[12],
que é a redução ao absurdo ou ao impossível refere-se a um método de
demonstração indireta que pretende provar a verdade de uma proposição pela
impossibilidade de aceitara consequências que se derivam de suas contraditórias.
(LALANDE, 1999 p.75).
Mais tarde Kant (1724-1804) vai
empregar o mesmo conceito, justificando-o nas ciências e excluindo-o da
filosofia, pois o raciocínio absurdo não conduz a uma conclusão legitima, “ao
conhecimento puro”, indo pôr contra, seu projeto filosófico se propõe a Crítica
da Razão Pura, o esclarecimento do homem.
Na filosofia, a sempre uma
reinvenção dos conceitos, as mais variadas ressignificação do conceito, pelas
tendências filosóficas, que em certa medida, abordam um tema comum, e nesta
pesquisa privilegiou a sistematização que Albert Camus e Thomas Nagel realizam,
sobre a noção de Absurdo.
Na ausência de uma compreensão
racional do universo – com o consequente: o temor, vazio, náusea, desesperança,
nada, angústia, sentimento trágico ou Absurdo
diante da vida humana. Estas palavras ganham uma reinterpretação para vários
filósofos.
A reflexão no fim do século XIX
até o dias de hoje sobre o ponto de vista da ontologia da existência, e não da
analítica[13]. E
nesta combinação surge um tom e um estado de espírito emocional, foi
fecundo na filosofia, um conjunto de teses relacionadas[14],
sempre com a problemática da existência, assim pode-se ver o existencialismo,
com de fato atingiu seu apogeu na Europa com o desencanto que se seguiu à
Segunda Guerra Mundial.
No entanto, o primeiro pensador
importante a trazer à luz esses temas foi Kierkegaard (1813–1855), cuja obra é, em geral, considerada fundadora do
existencialismo. As obras existencialistas, por um lado, reagem contra o ponto
de vista de que o universo é um sistema fechado, coerente e inteligível e este
movimento filosófico abre toda a problemática do corpo, inidivíduo, liberdade,
situação política, num universo em que nada é explicado, e nos revela por sua
vez sua face Absurda.
Perante um universo indiferente,
somos de novo posto face a face com a nossa própria liberdade. Agir com
autonomia e uma postura de enfrentamento são então, agir à luz do horizonte de
possibilidades que o mundo oferece, sem furtar-se de responsabilidade.
Diferentes autores, ainda que unidos, na importância que dão a estes temas,
formularam sistema éticos e metafísicos muito diferentes.
Em Martin Heidegger (1889-1970) o
existencialismo transforma-se então numa ontologia hermenêutica sobre o Ser; em Jean-Paul Sartre
(1905-1980), numa exploração dramática de
momentos de escolha e tensão; com os teólogos Karl Barth (1886-1968), Paul
Tillich (1886-1965) e Rudolf Bultmann (1884-1976), forja-se um instrumento de
reinvenção das relações entre as pessoas e Deus.
O sentido dado ao termo Absurdo
que é aqui estudado será contemplado apenas no século XX e XXI. Com a palavra-conceito:
Absurdo[15]
ganhou emprego na literatura francesa com a reação critíca para as verdades
absolutas da ciência. O pensamento hegeliano transmite para a cultura ocidental
o sentimento nostálgico de que a inteligência é responsável em encontrar a
racionalidade do mundo. Assim os principais escritores desse período histórico-Jean-Paul
Sartre, André Malraux e Albert Camus - construíram toda suas obras em torno de
uma descrição de sentimento trágico.
Cada um dos escritores tem sua visão original do absurdo. Para
Sartre, o absurdo é a qualidade injustificável e primordial da existência.
Sartre tem a descrição da Náusea[16]
ao invés de absurdo como contingência[17]
universal de ser o que é a base do sua investigação fenomenologica, que tem como
conceito, Nada[18] e
o resultante de uma angústia existêncial é a náusea.
André Malraux (1901-1976), escritor literário, inspirado no
movimento dos existencialistas diz: “no coração do mundo ocidental um
conflito sem esperança (...) isto ensina a consciência como desaparecer e nos
prepara para os reinos metálicos do Absurdo.” (BARRETO, 1999 p.43).
Diferentes destas interpretações para Camus o Absurdo aparece mais como sentimento,
relacionado com suas preocupações morais e teológicas, do que propriamente com
um principio metafísico para ocupar
unicamente uma constatação da irregularidade do mundo às categorias racionais. E é com esse critério elementar, que Camus julgou “que a noção de
absurdo é essencial e que ela pode figurar como a primeira das minhas verdades
(2010 p 41)”.
Absurdo é na própria vida, e a experiência humana de morar num
mundo sem sentido, atormentado pela angústia e de não encontrar ordem em um universo que nos revela sua
própria ordem. O ser humano não contempla de maneira teleológica a sua
especificidade, no cosmos. O sentimento é a total defasagem da vida e as ideias
que a sustenta. Absurdo é tudo que
cerca o homem, e o homem se descobre imerso por ele, quando instintivamente
buscando a felicidade de sua condição humana limitada com um grande sentimento
de frustração.
No que tange às ideias, é aquilo
que transgrede as leias da lógica. Pode ser sinônimo de impossível e, por
vezes, de contraditório, embora o absurdo tenha um sentido ainda mais profundo, absoluto
do que a contradição, já que não se
trata de uma falha de conclusão ou inversão de um raciocínio, ou de sua
premissa, mas de algo que é completamente contrário
à razão. Um pensamento absurdo é aquele que perverte o sentido, mas na vida
é justa sua falta de critérios lógicos.
Um homem sem
esperança e consciente de sê-lo não pertence mais ao futuro. Isso está na
ordem. Mas está igualmente na ordem que ele se esforce por escapar ao universo
de que é criador. Tudo o que vem acima só tem sentido precisamente com a
consideração desse paradoxo. Nada pode ser mais instrutivo, sob esse aspecto,
do que examinar agora a maneira pela qual os homens que identificaram o clima
do absurdo — a partir de uma crítica do racionalismo — (CAMUS, 2010 p.42).
Do ponto de vista ontológico, ou
seja, no que diz a respeito ha realidade e ao ser, o absurdo é, do mesmo modo,
o impossível. É claro que, quando entramos no termo das crenças e das opiniões,
os pontos de vista serão variáveis sobre o que é ou não é absurdo.
Mas é preciso, guardadas as
devidas proporções, que fiquemos atentos aos raciocínios ilógicos, ou seja,
desconexos, sem coerência interna, assim como devemos prestar atenção à relação
que se estabelece entre as nossas ideias e o mundo, porque a imaginação pode formular
imagens absurdas que parecem coerentes na ordem do discurso.
Mas que, na
realidade, não se sustentam, existindo apenas como objeto do pensamento, porque
o ser humano é dotado de razão. Por exemplo, em um filme ou na literatura
existem personagens ou ações que estão adequados ao universo ficcional, mas que
do ponto de vista da sua encarnação na realidade objetiva, são impossíveis, ou
seja, são absurdos, apenas imaginários.
A questão central suscitada pelo Absurdo que se diz nas primeiras páginas
do ensaio o Mito de Sisifo é: “só há um problema filosófico verdadeiramente
sério: é o suicídio. Julgar se a vida merece ou não ser vivida é responder a
questão fundamental da filosofia” (Camus, 2010 pg. 13). Essa questão de julgar
a validade da vida de ser vivida, só pode ser suscitada, naturalmente, num
determinado estado de crise em que se encontra o homem e tal crise é o que
Camus denomina Absurdo.
O absurdo por fim é a sensação da
relação entre duas entidades diferentes: entre o mundo e a consciência
individual, o universo irracional e a razão do homem, o fato da dualidade e do
desejo insaciável por unidade. É uma relação de coisas irredutíveis, é um
divórcio - mas um divórcio que depende da contínua presença das duas partes
nela. A condição absurda é algo que desaparece se você não olhar para ela. O
absurdo não só é que você enfrentar é puramente no ato de confronto, e
permanece na corrente do protesto contra ela. “Esse divórcio entre o homem e a
vida entre o ator e seu cenário, é que é verdadeiramente o sentimento do
Absurdo” (CAMUS, 2010 p 216).
Uma das principais
características de Camus consiste em ser um escritor independente de época
determinada, embora tenha vivido intensamente o drama de seu tempo. Nota-se ao
ler sua obra[19] uma negação e rejeição do vocabulário filosófico contemporâneo[20]. Ao contrato de uma prosa cada vez mais pesada e carregada de
termos técnicos. Voltar à simplicidade, ao linguajar vulgar. Isto não o faz temer
frente a palavras aparentemente desgastadas. Sob sua pena conceitos são
retomados sobre seu verdadeiro sentido.
E o próprio Camus explicou como havia concebido o
conjunto de sua obra:
No início eu queria exprimir a negação. Em três formas:
romanesca — foi O estrangeiro;
dramática — Calígula. O
equívoco; ideológica — O mito de Sísifo. E previa o positivo em três formas
também: romanesca — A peste; dramática — O estado de sítio e Os justos; ideológica — O homem revoltado. Já entrevia uma terceira categoria, em torno
do tema do amor (2010 p.10).
Embora estando enraizado no
existencialismo francês como ensaísta autor de dramas e romances não é
propriamente uma filosofia existencialista. Apesar de certas origens comuns,
não pode ser agrupado indistintamente entre filósofos existencialistas. Recebe
e aceita suas influências, mas em sua incisiva e enérgica contraposição[21]. Na sua obra toma e defende seus próprios rumos.
Uma saída para o: enfrentamento mundo e expectativa do que
deveria agir o mundo traz para o homem um sentimento de frustação, eis onde
começa o Absurdo que Camus descreve.
Camus na sua argumentação
aguda revela que por trás da noção e sentimento
absurdo, defina uma complexidade de realidades que perpassa o homem. No
capítulo dois, Os muros Absurdos, do
ensaio Mito de Sísifo, ele já define
como um sentimento. Há argumentação torna-se vertiginosa. E a noção aprofunda
com a primeira demonstração de que o Absurdo é o desejo do homem de estar caminhando fora do instante presente, como
uma condição de já projeção para futuro próximo; um anseio de ir além do
cotidiano.
“Mas se
for resposta for sincera, se expressar aquele singular estado de alma em que o
vazio se torna eloquente, em que se rompe a corrente dos gestos cotidianos, em
que o coração procura em vão o elo que lhe falta, ela é então um primeiro sinal
do Absurdo” (CAMUS, 2010 p. 27).
No universo camusiano, o
homem é o centro. Tudo tende e converge para ele, aqui comparando com outros
autores e suas perspectivas de homens. O homem Órfão do deus morto de Nietzsche[22], incapaz daquela fé robusta que Kierkegaard[23] no Temor e Tremor, exilado
no mundo absurdo (que não é exatamente o de Kafka), mas que caminhando em túneis
de angústias rumo à morte que está destinado. E apesar de tudo buscando sempre
a felicidade, o ser humano tem nesse percurso que vai do berço ao tumulo, a
possibilidade de uma espécie de salvação pessoal.
Esta salvação pessoal, pode
se realizar no amor ao semelhante, ao companheiro de jornada, ao irmão. O que
vale dizer: ao próximo. A fraternidade alicerçada na fé do homem, na crença na
criatura humana, eis uma chave que pode abrir à fechadura com a hipótese dos
seres humanos encontrarem a felicidade.
Nessa concepção em disparate, entre
absurdo e felicidade, argumenta Camus “essa
necessária imperfeição que torna possível a felicidade” (CAMUS, 2010 p 76).
Podemos ter a postura de um teísta[24], não
ortodoxo. Na sua filosofia, não se combate uma noção de Deus e nem procura destruí-la.
Mas condena o homem que, furta-se, a
vida.
...entre o absurdo e o suicídio, a medida exata em que o suicídio
é uma solução para o absurdo. Pode-se tomar por princípio que, para um homem
que não trapaceia, o que ele acredita verdadeiro deve lhe pautar a ação. A
crença na absurdidade da existência deve, pois, lhe dirigir o comportamento
(CAMUS, 2010 p.22).
A obra de Camus, toda ela é
uma apologia desse humanismo
anunciado que encharcado de vitalismo,
denuncia a suprema injustiça infligida ao homem: a morte. É nela, com ela e através dela que o artista exercita a
sua liberdade de lutar.
...único problema que me interessa: existe uma lógica até a morte?
É algo que eu só posso ficar sabendo se perseguir, sem paixão desordenada, e
apenas sob a luz da evidência, o raciocínio cuja origem, inicia aqui. É o que chamo
um raciocínio absurdo. Muitos chegaram a começá-lo. Não sei se se contentaram
com isso (CAMUS, 2010 p.24).
A liturgia de viver
ainda que ameaçado pelos bacilos do sentimento de estranheza diante do mundo, é
importante ter consciência. “Tudo começa com a consciência e
nada sem ela tem valor. (...). Mas são evidentes: por ora isso é suficiente
para a oportunidade de um reconhecimento sumário das origens do absurdo”
(CAMUS, 2010 p.27).
A questão de furtar-se a
consciência é denominada de esquiva
ou suicídio filosófico diante, do absurdo, aclarado pela consciência. Negar um dos termos da
oposição de que ele vive é escapar-lhe. Abolir a revolta consciente é esquivar-se de escolhas, problemática
que leva Camus, chamar esta atitude de suicídio filosófico. (CAMUS, 2010 p.
60).
Não me interesso pelo suicídio filosófico (...). Quero somente
purificá-lo do seu conteúdo de emoções, conhecer sua lógica e sua honestidade.
Qualquer outra posição, para o espírito absurdo, pressupõe o logro e o recuo do
espírito ante o que o espírito traz à tona (CAMUS, 2010 p 57).
Seguindo Camus, o homem
depara-se com a paisagem que cerca o
homem e esta torna o homem estranho ao mundo. Tornando o coração do homem uma
lassidão que lhe é inexplicável.
Um degrau mais abaixo e em a estranheza: dar-se
conta de que o mundo é "espesso", entrever até que ponto uma pedra é
estranha, nos é irredutível, e com que intensidade a natureza ou uma paisagem
pode nos negar. No fundo de toda beleza jaz alguma coisa de inumano e essas
colinas, a doçura do céu, esses desenhos das árvores, eis que no mesmo instante
perdem o sentido ilusório de que os revestimos doravante mais longínquos, que
um paraíso perdido. A primitiva hostilidade do mundo através dos milênios se
levanta de novo contra nós. Por um segundo, não a compreendemos mais, porque
durante séculos só compreendemos nela as figuras e os desenhos com que
previamente a representávamos, e porque doravante nos faltam forças para nos
valermos desse artifício. O mundo nos escapa porque volta a ser ele mesmo.
Esses cenários mascarados pelo hábito tornam a ser o que são. E se afastam de
nós. Assim como há certas horas em que sob o rosto familiar de uma mulher se
redescobre como uma estranha aquela que se amara há meses ou há anos, talvez
cheguemos até a desejar o que nos torna subitamente tão sós. Mas ainda não é
chegada a hora. Só há uma coisa: essa espessura e essa estranheza do mundo é o
absurdo (CAMUS, 2010 p. 28).
Este momento da tomada de
consciência, que Camus traça um plano de percepção, situação que cada homem,
tenha diante de si, a possibilidade de decisão, para que suas ações sejam
sempre apoiadas na grande ideia de que nunca haverá conformidade entre
realidade e subjetividade.
Com estas noções básicas do
existencialismo, da questão afinal o que Camus tenta chamar de Absurdo,
conduz-nos ao próximo capítulo, querendo então investigar em que medida o
absurdo é a solução ao homem, em que medida não ter sentido a vida, é a melhor
possibilidade do homem de realizar-se como ser humano.
[1] Um estudo minucioso
sobre a obra de Kierkegaard, do estudioso Ernani Reichmann em seu livro Soren Kierkegaard textos selecionados,
na página 242 a 246. Contém uma explicação do que o filósofo dinamarquês,
endentede por absurdo, apenas menciona e não explico, pela complexiadade, pois para este o absurdo
esta correlacionado com outros conceitos, por exemplo, o conceito de Escândalo.
[2]
Segundo Dicionário de filosofia, teoria que explica os seres, pelo fim a que
aparentem-te são destinados(ABAGGANO, 2007 p.1110).
[4] Argélia, pais do norte da
África que foi colônia da França; No filme A
batalha de Argel de 1966 dos gêneros "Drama Histórico" e
"Guerra", dirigido por Gillo
Pontecorvo. Falado em francês e árabe. O roteiro se baseia em fatos ocorridos
no período de 1954-1962, quando o povo da Argélia lutou contra a ocupação colonialista francesa no país (Guerra da Argélia). Camus
Escreveu no jornal de resistência Combat; Mas não chega a ver seu país
conquistar a independência, pelo fato de sua morte prematura.
[5] O Conjunto das significações
assumidas por uma palavra e as relações precisas que se podem estabelecer entre
termos, diz-se campo semântico (O Dicionário.
De Termos. Linguísticos).
[6] No terceiro Capítulo deste ensaio monográfico, dedica-se a demonstração
do conceito de Absurdo. Endendido pelo filósofo americano Thomas Nagel (1937).
[7] Jornalista, autor de Albert
Camus: Um elogio do ensaio (Ateliê editorial), Organizador e tratudor da
antologia A inteligência e O cadafalso e
outros ensaios, de Albbert Camus (Editora Record).
[8] Na filosofia diz-se de qualquer movimento filosófico que tome como fundamento a
natureza humana ou os limites e interesses do homem.
[10] O livro de
Vicente Barreto, publicado em 1991, segunda edição, pela editora Paz e Terra, é
um livro para estudantes que pretendem ter uma visão sintética, do conjunto da
obra de Albert Camus. Barreto transmite neste
estudo, em linguagem clara e objetiva, toda a extensão do pensamento e pontos
nevrálgicos da pesquisa filosófica.
[11] Conforme o Dicionário de filosofia
Abbagnano p.468, sua explicação sobre existencialismos e seus significados: “Costuma-se indicar por esse termo, desde 1930 aproximadamente, um
conjunto de filosofias ou de correntes filosóficas cuja marca comum não são os
pressupostos e as conclusões (que são diferentes), mas o instrumento de que se
valem: a análise da existência. Essas correntes entendem a palavra existência”.
[12] Esta
locução usa-se para indicar que a proposição parte de algo absurdo ou de coisas
absurdas. Na lógica formal, reductio
ad absurdum é usado quando
uma contradição formal pode ser derivada de uma premissa, o que permite que alguém
possa concluir que a premissa é falsa. Se uma contradição é derivada de uma
série de premissas, isso mostra que pelo menos uma das premissas é falsa, mas
outros meios devem ser utilizados para determinar qual delas.
[13] Este estudo
não trada destas questãos, mas na esteira da filosofia, estes movimentos,
épocas, tendências, devem ser nomeados. Na filosofia da 1º metade do século XX,
reconhecem-se dois movimentos
que, reatualizando tenências clássicas, pode, ser paradigmas de intenção de
renovar o pensamento filosófico. Trata-se, da fenomenologia e da filosofia
Analítica (MORA, 1982 p.6). José Ferrater Mora em seu livro: A filosofia
analítica: mudança de sentido em filosofia. Faz uma esclarecedora
explicação sobre este tema.
[14] Areas de investigação filosófica como fenomenologia e
Estruturalismo.
[15] O termo
Absurdo em alguns idiomas: grego. Παράλογος; latim.
Absurdum; inglês. Absurd; francês. Absurde, italiano. Assurdó.
[16] Experiência emocional de gratuidade da
existência, ou seja, da perfeita equivalência das possibilidades existenciais.
Essa noção foi introduzida na filosofia por Sartre e por ele ilustrada
principalmente no romance intitulado; La nausée.(MACIEL,1986 p.49).
[17] Palavra e conceito
Contingência:
1. Qualidade de contingente.2. Facto possível, mas incerto.3. Possibilidade.
Segundo dicionário de lingua portuguesa HOUAISS, Antônio.
[18] Conceitos de Muitos filósofos neste
pequeno ensaio monográfico poderiam torna-se objeto de outras pesquisas, pela
diversidade de opiniões. e conceitos que a mente humana pode formualar diante
de um problema.o exemplo é este conceito
de Sartre sobre
o nada conforme dicionário de filosofia : "O N. não é, o N. foi; o
N. não se nadifica, o N. foi nadificado.Portanto, deve existir um ser — que não
poderia ser o em-si — cuja propriedade é anular o N., regê-lo com seu ser,
sustentá-lo perpetuamente com sua própria existência: um ser graças ao qual o
N. chega às coisas"(ABBGANNO,2007,p.811)
[19] Este ensaio monográfico, não recusa o corpo da obra de
Camus, reunidos em III volumes, na edição francesa da editora Gallimard, mas
restringe há uma exegese de um núcleo de sua Obra o Ensaio de Sisifo, que neste
usou duas edições uma de 2004 e 2010, neste estudo optou-se pela última
reimpressão, para citar, por ser de mesma tradução, Há poucas mudanças no
texto, apenas foi uma escolha de manuseio do livro (tradutores Ari
Roitman e Paulina Watch).
[20] Em especial as doutrinas recorrentes das teorias de
Husserl e Heidegeer.
[21] Depois de lançar o livro o Homem Revoltado, em 1957, rompe categóricamente com está corrente
de pensamento, fazendo de sua obra uma distinção significativa, da obra de
Jean-Paul Sartre. Mas que neste estudi apenas aponta, para tal divergência, e
não aprofunda o tema.
[22] Deus está morto ("Gott ist tot" em alemão) é uma
famosa citação do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). Aparece pela
primeira vez em A gaia ciência e se tornou popular em uma de suas mais famosas
obras, Assim falava Zaratustra.
[23] Este filósofo dinamerquês entendeu a noção de fé, como O salto da fé, formulado realização do
risco paradoxal, escolha que se faz no interior da existência com todos os
perigos exteriores, entre o infinito e finito.
[24] Teista:
Que ou pessoa que crê na existência de Deus. Neste caso a demostração do
otimismo filosófico de Albet Camus.
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