"O autor esclarece psicologicamente o conceito da angústia, utilizando-se da figura de Adão, "o homem", refletindo sobre a dialética da responsabilidade. Este é um grande ensaio de Psicologia; não é livro de Ética nem de Dogmática, por mais que utilize a palavra pecado para a busca da autonomia humana, eventualmente transgressora. O resultado é uma obra prima, que discute com a tradição cristã e com o necessitarismo dos sistemas idealistas."
Fonte:http://www.fnac.pt/O-Conceito-de-Angustia-Soren-Kierkegaard/a330258KIERKEGAARD, SOREN, 1813-1855. Conceito de angústia, O / 1968 São Paulo: Hemus, 2007. 164 p.
"Soren Kierkegaard (1813 - 1855) foi um teólogo e um filósofo dinamarquês do século XIX, que é conhecido por ser o 'pai do existencialismo', embora algumas novas pesquisas mostrem que isso pode ser uma conexão mais difícil do que fora, previamente, pensado. Filosoficamente, ele fez a ponte entre a filosofia hegeliana e aquilo que se tornaria no existencialismo. Kierkegaard rejeitou a filosofia hegeliana do seu tempo e aquilo que ele viu como o formalismo vácuo da igreja luterana dinamarquesa. Muitas das suas obras lidam com problemas religiosos tais como a natureza da fé, a instituição da fé cristã, e ética cristã e teologia. A obra de Kierkegaard é de difícil interpretação, uma vez que ele escreveu a maioria das suas obras sob vários pseudônimos, e muitas vezes esses pseudo-autores comentam os trabalhos de pseudo-autores anteriores. Kierkegaard é um dos raros autores cuja vida exerceu profunda influência no desenvolvimento da obra. As inquietações e angústias que o acompanharam estão expressas em seus textos, incluindo a relação de angústia e sofrimento que ele manteve com o cristianismo - herança de um pai extremamente religioso, que cultuava a maneira exacerbada os rígidos princípios do protestantismo dinamarquês, religião de estado. A perspectiva trabalhada neste livro é de cunho religioso e, na dialética existencial de Sören Kierkegaard apresenta o homem ético representado pela figura bíblica de Abraão que à medida que se posiciona a acreditar em Deus, dá o salto da fé, onde vivencia o crer sem ver, e o viver pela experiência com o próprio Deus."Fonte:http://www.livrariacultura.com.br/p/temor-e-tremor-2463869
KIERKEGAARD, Soren. Temor e tremor. Lisboa [Portugal]: Guimaraes, 1959. 225p
"Admira-se, nesta dissertação, a grande abertura da obra de Kierkegaard, inaugurada com um mergulho em Platão e em Hegel, resumindo dez anos de investigação sobre Kant, Fichte, Solger e Hegel. O conceito de ironia contém a verdadeira plataforma, o programa em seus aspectos temáticos e metodológicos que se desenvolverão ao longo da produção kierkegaardiana."
KIERKEGAARD, Soren. O conceito de ironia: constantemente referido a Sócrates. Petrópolis, RJ: Vozes, 1991. 283 p. (Pensamento humano)
"Essas considerações, de 1847, analisam o mandamento do amor, ante o pano de fundo do Hino à caridade. Recorrem à filosofia e lembram o Banquete. Mas o amor cristão é um mistério, que só pode ser conhecido pelos seus frutos, as obras: há que crer no amor. O amor cristão é comparado com o amor platônico e a amizade aristotélica. O poeta elogia o amor apaixonado, sem saber como e por que o amor precisa transformar-se em dever. Amar a si mesmo é natural, mas a religião do amor acrescenta: ama o teu próximo "como a ti mesmo". Este acréscimo pode mudar o mundo, vencer o egoísmo. Amar é aproximar p outro do Amor, ajudá-lo a conhecer e a viver o amor divino. E o outro não é o segundo eu, mas o "primeiro tu"."
KIERKEGAARD, Soren; VALLS, Alvaro L. M. As obras do amor: algumas considerações cristãs em forma de discursos. Petrópolis, RJ: Vozes, Bragança Paulista, SP: Edusf, 2013. 431p. (Pensamento humano)
ESTE VOLUME DA COLEÇÃO OS PENSADORES CONTÉM AS SEGUINTES OBRAS:
O DIÁRIO DE UM SEDUTOR (1843)
A obra retrata aquilo que Kierkegaard entende por modo de vida estético, caracterizado pelo hedonismo romântico e sofisticado. O sedutor é um indivíduo que escolhe o mergulho na paixão, as contradições da existência amorosa. Escolhe como finalidade da vida o prazer, gozando pessoalmente a estética e gozando esteticamente sua própria personalidade.
TEMOR E TREMOR (1843)
O episódio bíblico de Abraão, que se dispõe a matar o filho Isaac em obediência à ordem divina, serve de tema à reflexão de Kierkegaard sobre a natureza da fé. E é fundamentalmente como paradoxo que a fé se revela: “paradoxo capaz de fazer de um crime um ato santo e agradável a Deus, paradoxo que devolve a Abraão o seu filho, paradoxo que não pode reduzir-se a nenhum raciocínio, porque a fé começa precisamente onde acaba a razão”.
O DESESPERO HUMANO (DOENÇA ATÉ À MORTE)
A dialética do desespero — doença que marcaria o fundo da consciência do cristão até à morte — é analisada por Kierkegaard, em suas múltiplas facetas: o desespero inconsciente de ter um eu; o desespero que não quer, e o desespero que quer ser ele próprio; a relação entre desespero e pecado.
Tradução de: Carlos Grifo, Maria José Marinho, Adolfo Casais
Monteiro.
Consultor da Introdução: Marilena de Souza Chauí
"Para Kierkegaard, o que distingue o matrimônio da voluptosidade é o elemento de eternidade nele contido." O livro representa um dos livros-chave para o entendimento do existencialismo cristão, do qual Kierkegaard foi um dos maiores intérpretes."
KIERKEGAARD, Soren. O matrimônio. São Paulo, SP: Editorial Psy II, 1994. 140 p.
KIERKEGAARD, Soren. Ponto de vista explicativo da minha obra como escritor. Lisboa (Portugal): Edições 70 Brasil, 1986.
"É preciso duvidar de tudo possui quatro partes: introdução, primeira parte, segunda parte e um apêndice (que Kierkegaard deixou inacabado, juntamente com a obra). A citação de Espinosa – sobre a dúvida real no Tratado da reforma da inteligência, logo no início da obra – e a citação de um versículo bíblico de I Timóteo (de que ninguém deve desprezar sua juventude) fornecem a atmosfera (palavra tão cara ao léxico kierkegaardiano). Em outras palavras, o texto vai andar no meio-fio entre a dúvida existencial real e a importância de narrar a vida de um jovem filósofo. Tal panorama servirá para testar a filosofia moderna..." por Marcio Gimenes de Paula
KIERKEGAARD, Søren Aabye. É preciso duvidar de tudo. Prefácio e notas de Jacques Lafarge, tradução de Sílvia Saviano Sampaio e Álvaro Luiz Montenegro Valls, revisão da tradução de Else Hagelund e Glauco Micsik Roberti. São Paulo: Martins Fontes, 2003. (Coleção Breves Encontros).
" Esta obra constitui um dos mais importantes escritos de Søren Kierkegaard, com que o autor, usando o pseudônimo Johannes Climacus, tentava encerrar, aos 33 anos, sua já alentada produção. O ano de 1846 foi crítico para Kierkegaard, pois ele revisou seu projeto existencial e autoral. Em termos filosóficos, este livro, que durante sua composição usava o título provisório de "Problemas lógicos de Johannes Climacus, editados por S. Kierkegaard" contém o núcleo de sua crítica à lógica hegeliana."
EDIÇÕES PORTUGUESAS
"O lançamento de Ou—Ou. Um Fragmento de Vida, Primeira Parte, de Soren Kierkegaard, traduzido por Elisabete de Sousa, vai realizar-se amanhã, 30 de Abril, pelas 18 horas, na Biblioteca Nacional.A apresentação da obra será feita por Bartholomew Ryan. A obra, editada pela Relógio D’Água, segue-se à publicação de Temor e Tremor (trad. Elisabete de Sousa), A Repetição e Migalhas Filosóficas (ambas com trad. de José Miranda Justo)."
Fonte: http://relogiodaguaeditores.blogspot.com.br/2013/04/lancamento-de-ouou-um-fragmento-de-vida_29.html
"Há, no entanto, um último vector da categoria de repetição que importa salientar. Constantin Constantius diz: “A repetição é a realidade, e é a seriedade da existência. Aquele que quer a repetição amadureceu em seriedade. Esta é a minha declaração de voto.” E numa outra passagem acrescenta: “a repetição é o lema em qualquer intuição ética; a repetição é conditio sine qua non para todo e qualquer problema dogmático.” “Lema” e “declaração de voto” são actos linguísticos que surgem aqui a balizar o interesse ético da repetição. “O lema” — “Løsnet”, que também tem o significado de “senha”, no sentido de palavra de passe — indica ou uma orientação ou o factor que franqueia a entrada num domínio reservado: ou seja, a repetição é a orientação fundamental, que há que não perder de vista, para a súbita decisão da escolha ética, que em Kierkegaard é antes de mais escolha de si próprio; e é ao mesmo tempo a chave que abre o terreno do ético."
KIERKEGAARD, Søren. A Repetição. [Tradução: José Miranda Justo] – Lisboa, PT: Relógio D’Água Editores, 2009.
"Ou—Ou. Um Fragmento de Vida" é uma obra ímpar dentro da literatura e da filosofia ocidentais, a todos os níveis e vista de todos os ângulos; não fosse a circunstância de, na Europa de então, como na actual, a língua dinamarquesa ficar submersa por outros idiomas dominantes, e certamente que teria sido reconhecida universalmente como um clássico da literatura e da filosofia na geração seguinte ao seu aparecimento. A consciência plena por parte do seu autor de que assim é constitui, aliás, um dos seus intuitos, se não confessos, pelo menos explicados e demonstrados ao longo da obra. Vista no conjunto da produção de Kierkegaard, "Ou—Ou. Um Fragmento de Vida" introduz a esmagadora maioria dos conceitos e categorias que o filósofo desenvolverá posteriormente e, para citar apenas alguns, encontramos aqui o estético e o ético, o ético e o religioso, o desespero e a esperança, o amor em todas as suas fases e modalidades, os diferentes tipos e usos do pensamento, a possibilidade e a realidade, a escolha, a liberdade, a recordação e o esquecimento, e o instante.»Da Introdução de Elisabete M. de Sousa"
Kierkegaard,Soren. Ou-Ou. Um Fragmento de Vida, Primeira parte, tradução, introdução e notas de Elisabete M. de Sousa, Lisboa, Relógio d'Água, pp. 480.
"«Assim, a temática do Cap. I centra-se na apreciação da diferença entre, por um lado, o modelo socrático-platônico da relação do mestre com o discípulo e, por outro lado, o modelo cristão da relação “do deus”com o “aprendiz”; mas, se procurarmos o conceito operativo específico deste capítulo, rapidamente compreenderemos que é a categoria de “instante” que, na sua oposição funcional com a noção de “ocasião”, determina o essencial da meditação aí levada a cabo. O Cap. II, por seu turno, tem por tema central a questão do amor do deus pelo homem; o conceito operativo específico deste capítulo encontra-se na “humilhação” que é capital para que este amor não seja um “amor infeliz”, ou seja, situa-se naquilo que motiva o facto de o deus descer na figura de um “servo” e que simultaneamente faz que perante este facto se esteja diante do “maravilhoso”. O Cap. III debruça-se sobre o tema do paradoxo, em especial da diferença entre o “paradoxo socrático” (Sócrates faz todos os possíveis por conhecer a natureza humana, mas não está certo de saber quem é, em particular de saber se partilha do divino) e o “paradoxo absoluto”(que põe em jogo a “diferença absoluta” entre o deus e o homem, que é a“diferença absoluta do pecado”, e o anular desta diferença absoluta na “igualdade absoluta”).» [Da Introdução de José Miranda Justo]"
Kierkegaard,Soren. Migalhas Filosoficas,tradução, introdução e notas de Elisabete M. de Sousa, Lisboa, Relógio d'Água.
"O tratamento acentuadamente patético em Temor e Tremor (…), permite analisar pormenorizadamente nos sucessivos episódios, e nas sucessivas “modificações” anunciadas e logo introduzidas pelos respectivos autores, os conflitos de ordem pessoal e inter-relacional que afectam o indivíduo que procura uma forma consequente de objectivar o seu sentimento. Nos episódios de Temor e Tremor, a representação do amor como uma força vital encontra-se em todas as situações imagináveis como estando determinadas por esse sentimento — seja ele paternal, filial, fraternal, erótico, para com a divindade, para com a polis, ou a philosophia; na maioria dos casos, a ultrapassagem desse amor implica não só a óbvia perda desse sentimento, como a morte de uma das partes ou o seu desaparecimento enquanto receptáculo do amor de um outro."
Kierkegaard,Soren.Temor e Tremor, trad. Elisabete de Sousa ,Lisboa, Relógio d'Água.
Nenhum comentário:
Postar um comentário