NOVÍSSIMA enciclopédia Delta Larousse. Rio de Janeiro: Delta, 1982. 10 v. (Paginas 1129-1130 volume 6)
KIERKEGAARD (Sóren Aabye), filósofo dinamarquês (Copenhague 1813-id. 1855) Marcado por um pai austero e devoto e pelo rompimento de seu noivado com Regina Olsen, só meditou sobre a existência com a intenção de mudar sua própria vida. Se essa determinou de tal maneira sua obra, foi porque lhe importava, antes de tudo, "encontrar uma verdade válida para mim mesmo" (Diário). Ou isto ou aquilo (1843), Temor e tremor (1843), Migalhas filosóficas (1844), O conceito de angústia (1844), Etapas no caminho da vida (1845), O tratado do desespero (1849) afirmam incessantemente que "a verdade é a subjetividade". Essa concepção levou-o a criticar os sistemas filosóficos (sobretudo o de Hegel) e a analisar sua situação pessoal diante de Deus. Em vez de ordenar o homem de acordo com idéias, Kierkegaard ordena as idéias em relação à existência humana. Tal existência, segundo ele, passa pelos estádios estético (a espontaneidade e a libertinagem), ético (a boa consciência) e religioso . ("a resignação infinita"). A religião é assim
o mais elevado estado da existência e "o cristianismo não é uma doutrina, mas uma mensagem existencial". Sua filosofia é considerada o primeiro dos existencialismos.
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