segunda-feira, 25 de julho de 2016

DICIONARIO DOS FILóSOFOS -Autor: HUISMAN, DENIS/Tradutor: BERLINER, CLAUDIA

Sobre o Dicionário:

Editora: MARTINS EDITORA
Assunto: Filosofia
Idioma: PORTUGUÊS
Edição: 1
Ano: 2001
País de Produção: BRASIL
Nº de Páginas: 1056

Sobre o Autor organizador.:

Denis Huisman, nascido 13 de de Abril de 1929 (87 anos) , em Paris , é um professor de filosofia e empresário francês especializado em educação.

Ele é mais conhecido por ter dominado o mercado de livros didáticos filosofia em 1970 , com seu livro O Tratado Tribunal de filosofia , em colaboração com André Vergez e Louis Leprince-Ringuet , e com uma profusão de livros em comum filosofia, diminuindo as múltiplas possibilidades oferecidas pela combinação do ensino de filosofia com métodos de marketing. Nem associado ou Normale Denis Huisman é o protótipo do espírito empreendedor que desenvolveu uma série de mercados;primeiro o de nicho educacional filosofia mercado editorial e o de educação executiva em instituições privadas, o grupo oferece uma muito rica paleta de instituições de formação espalhados por todo o país e no estrangeiro.



Artigo Sobre Kierkegaard neste livro encontra-se nas páginas  565-573.
Escrito por: PETER KEMP.                                                 


O filósofo dinamarquês Søren Aabye Kierkegaard nasceu em 5 de maio de 1813 em Cope­nhague, último dos sete filhos de Michael Pe­dersen Kierkegaard. O pai era natural de uma fa­zendola (Gaard) perto de uma igreja (Kierke),donde o nome Kierkegaard, situada no povoado de Saedding, no Oeste da Jutlândia. Enviado a Copenhague aos onze anos, seu pai aprendeu o oficio da malharia e não tardou em fazer imensa fortuna. Retirou-se do comércio aos quarenta anos ( em 1797) e, muito interessado por literatura, filosofia e religião, abriu sua casa aos intelectuais da cidade. Essa vida espiritual o confortava nos infortúnios de sua vida familiar: dois filhos, três filhas e a mãe destes morreram entre 1819 e 1834. Só lhe restaram dois filhos, Peter e Sõren, aos quais se esforçou por dar severa educação religiosa, assim como sólida formação grega e latina. Colocou-os na melhor escola de Copenhague e, mais tarde, incentivou-os a estudar teologia na universidade, para se tornarem pastores. Quando o pai faleceu em 1838, os dois irmãos dividiram a fortuna. Peter tornou-se pastor, depois bispo, em 1856. Mas, apesar de seus estudos e de ter passado com sucesso nas provas de homilética, Søren permaneceu escritor, vivendo de sua fortuna. Só saiu da Dinamarca para quatro viagens a Berlim, tendo falecido em Copenhague em 1855; de sua fortuna só lhe restava então o necessário para pagar o funeral. 

I. Uma vida excepcional - O pensamento de Kierkegaard não é muito compreensível à mar­gem dos acontecimentos que marcaram a tal ponto sua existência que ele acabou por considerá-la uma vida excepcional. 

Em primeiro lugar: a iniciação ao segredo de sua primeira angústia, a "melancolia" de seu pai. Um dia, Sõren fica sabendo que esse pai, que ele considerava irrepreensível diante de Deus e dos homens, pecara gravemente. Claro, Kierkegaard nunca nos disse explicitamente em seus Papéis (notas e esboços) como descobriu esse segredo, nem como o pai pecara. Mas sabe-se que, um ano depois da morte de sua primeira mulher, que não lhe dera filhos, o pai se casou com a criada da casa, com quem teve um primeiro filho dois meses depois. Poderia, portanto, tratar-se - pura hipótese - do estupro dessa criada,a mãe de quem, aliás, Kierkegaard nunca fala .A descoberta do que perturbava tanto a alma de seu pai produziu na do filho tamanho pavor que em 1836 rompeu com ele....


A Repetição (outubro de 1843) retoma a questão não resolvida do ético de A Alternativa: que fazer quando se perdeu a felicidade imediata? Seria possível acreditar em reencontrá-la na repetição, como o juiz Wilhelm, que repete ou retoma (em dinamarquês: gentager) todos os dias sua vida conjugal. Mas o autor pseudônimo de A Repetição, Constant Constantius, publica, nesse "Ensaio de Psicologia Experimental", cartas de um jovem melancólico que rompeu com a jovem amada justamente porque não podia suportar a monotonia repetitiva do cotidiano. O que ele espera é uma retomada muito mais radical: um recomeço da vida, tal como Deus deu a Jó depois de seus terríveis sofrimentos. Mas se espera esse retorno, é por estar perdido em suas lembranças. Assim como "o mais infeliz" de A Alternativa, ele esta sempre ausente da realidade, suspenso entre a lembrança e a esperança no mundo presente lhe dá náuseas, mas, ao contrário de Cons­tantius, ele se recusa a moldar friamente a situação a seu bel-prazer para recriar sua vida. Reconhece que sua paixão não poderia satisfazer-se com uma ação calculada e que deve renunciar a toda e qualquer repetição no plano material. Sobrevém o imprevisto: fica sabendo do casamento da moça com outro ( do mesmo modo, no momento de redigir A Repetição, que deveria ter terminado com a morte do rapaz, Kierkegaard fica sabendo do noivado de Regina com Fritz Schlegel, seu amigo de infância). Esse golpe transforma o infeliz em poeta, e é nesse plano que encontra a repetição. Mas, pergunta-se Cons­tantius, essa repetição talvez não passe de meia solução. Tivesse o rapaz "uma base religiosa", pensa ele, "jamais se teria tornado poeta". Teria agido então com uma "lógica de ferro" (Jern­Conseqvents ), porque "teria adquirido um fato de consciência ao qual poderia apegar-se constantemente" (OC, V, p. 95). 

A questão assim levantada é examinada num livro publicado no mesmo dia de A Repetição. Trata-se de Temor e Tremor, Lírica Dialética, por Johannes de Silentio (João do Silêncio). Para conduzir sua experiência, esse autor recorre ao protótipo da firmeza religiosa, Abraão, disposto a oferecer em holocausto seu único filho, Isaac, a fim de obedecer a Deus, mas com toda confiança, porque, no fim das contas, é a Deus que cabe a decisão. Ele crê, pois, na renovação da vida temporal depois de ter renunciado a ela. Apresenta-se, assim, "o duplo movimento na alma de Abraão" ( OC, V, p. 204). A dialética da retirada e do retorno explicita-se: de um lado, resignação infinita na "interioridade oculta", em que o indivíduo - den Enkelte - toma consciência de seu valor eterno indeclinável, diria Kierkegaard, sobre o paradigma da ordem geral da ética; de outro, coragem que permite reaprender toda a temporalidade sob o signo da mais alta instância. A apropriação da realidade é proposta como tarefa nessa dupla reflexão "em temor e tremor": cumpre retirar-se do mundo unicamente para a ele retornar. No entanto, a personagem Abraão é demasiado elevada para ser exemplo plenamente satisfatório do duplo movimento: é um homem justo, o eleito de Deus, a quem só se pede que ignore a ética por constituir exceção. É por isso que Johannes de Silentio tenta substituí-lo, sobretudo pela figura demoníaca do tritão que se­duz uma jovem inocente, Agnes. Podemos imagi­nar, como Johannes de Silentio, que no momento de agarrar sua presa o tritão se sinta arrasado diante da "potência da inocência" ( OC, V, p. 183) da jovem e se retire para o fundo do mar, a fim de se arrepender de sua falta. O que conscientiza o indivíduo de seu valor absoluto não é mais (como no caso de Abraão) a suspensão teleológica da ética, mas o reconhecimento do pecado. Ora, trata-se de saber se esse indivíduo, o tritão tomado pelo arrependimento, pode retornar à realidade. Estará condenado a permanecer em seu retiro, "como num claustro", ou poderá ser libertado deste pelo perdão de Agnes? Nada lhe dá direito a esse perdão. Se desposasse Agnes, seria em virtude do absurdo. Por conseguinte, "feito o movimento do claustro, resta apenas um outro, o do absurdo" (p. 188). 
Temor e Tremor levanta finalmente a questão da libertação que o indivíduo é incapaz de conquistar por si mesmo, libertação que ele deve receber, ao passo que o primeiro tratado de Cli­macus, Migalhas Filosóficas ou Um Pouco de Filosofia (junho de 1844), apresenta essa possibilidade como hipótese e estuda suas consequências. Climacus constata que esta última rompe radicalmente/com a ideia grega de conhecimento e busca como reminiscências da verdade dentro da alma. De acordo com a hipótese em apreço, a verdade passa    a ser  o que escapa ao domínio do pensamento.Ela surpreende o pensador ao ocorrer no imprevisível instant-Ojeblik, no piscar de olhos, como paradoxo impensado e impensável, isto é,segundo Kierkegaard, o religioso ao qual o pensamento aspira mas que não pode alcançar. Ela é como o paradoxo do amor, que transforma o amante a ponto de quase torná-lo irreconhecível. Em sua forma absoluta, é a ideia cristã do "deus no tempo" (OC, X, p. 103), deus cujo incógnito é a humanidade temporal, deus que dá ao pecador oportunidade de fé. Se um acontecimento histórico/é capaz de adquirir tamanha importância, a história não é, então, um processo necessário, mas a realização de uma relação entre (necessidade e possibilidade),natureza e liberdade Contrapondo-se a Hegel, Climacus afirma que o passado não se torna necessidade tornado-se imutável. O ato histórico continua a ser obra da liberdade nunca pode ser apagado pela Razão do Sistema. 
Migalhas Filosóficas haviam extraído as consequências, de certa forma descendentes, de uma hipótese, ao passo que Conceito de Angústia, publicado alguns dias depois, faz uma análise ascendente dos estados psicológicos que essa mesma hipótese pressupõe. De fato, esse escrito teórico desenvolve uma "simples reflexão psicológica para servir de introdução ao problema dogmático do pecado original (em dinamarquês: Arve-Synden, pecado hereditário)" (OC, VII, pp. 105 ss.). Trata-se de compreender o salto - Springet - que leva da inocência à falta. Isso implica a seguinte explicação antropológica: o homem é uma relação entre corpo e alma, e a síntese dessa relação, consciente de si, é feita pelo espírito. No estado de inocência, o espírito não passa inicialmente de sonho, e seu poder é um nada que o angustia. Inteiramente diferente do temor, que diz respeito a algo preciso, a angústia é liberdade, possibilidade de estabelecer a diferença entre bem e mal e, nesse salto qualitativo, descobrir-se culpado. Ela é como a vertigem, que se apossa de nós quando o olhar mergulha no abismo; livre, esse olhar encontra o estranho poder do abismo e sucumbe a ele; nesse instante tudo muda, e "a liberdade, reerguendo-se, vê-se culpada" (OC, VII, p. 163). Profundamente ambígua, essa culpa decorre ao mesmo tempo do olhar e do abismo, do espírito e da força estranha. A melancolia - em dinamarquês Tungsin­dert, "espírito pesado" - é igualmente ambígua, porém é uma angústia mais refletida, que contém  um complexo de pressentimentos. É por isso que, na melancolia, a angústia diante do pecado pode produzir o pecado. Assim se explica o fato de todo indivíduo retomar o pecado "num nexo histórico" (OC, VII, p. 173) como fato "hereditário". 

Etapas no Caminho da Vida, publicada em abril de 1845, é a última e a melhor das obras concebidas sob o signo da experimentação concreta. Trata-se de "estudos de diversos autores, reunidos, organizados e editados por Hilarius En­cadernador". Esse pseudônimo desloca um pouco mais a posição da ironia que, em A Alternati­va, confina com a estética e a ética. Ela se torna hilaridade ou humor. Assim, às duas etapas de A Alternativa aqui retomadas com humor, Hilarius acrescenta uma terceira, a religiosa. Com efeito, o humor é uma ironia que, visando à própria subjetividade, apresenta-a diante de uma força superior que ao mesmo tempo a julga e liberta. O humorista pode, portanto, suportar toda a tristeza deste mundo, o seu, graças ao sorriso que pressente a própria saída de sua miséria. A primeira parte de Etapas, ln vino veritas, contém uma série de discursos sobre a mulher que, em sua de­monia (angústia diante do bem), esclarecem com humor uma forma de desespero analisada em O Conceito de Angústia. Na segunda parte, vemos reaparecer o juiz Wilhelm, com Diversas Consi­derações sobre o Casamento, mas estas não têm mais a firmeza de outrora e atestam  a perplexidade do juiz. 

Nova é a história do sofrimento de Quidam (alguém) na última parte de Etapas:;Culpado - Inocente? Trata-se, aqui também, de uma versão do relato do rapaz que rompeu com a noiva, mas agora a interpretação adquire orientação religiosa: Quidam se reconhece não culpado, porque a melancolia de que sofre é um mal que o acometeu, e, ao mesmo tempo, culpado, por se ter lan­çado numa aventura irrealizável e infelicitado outra pessoa. Quidam foi imaginado por Frater Taciturnos, o irmão taciturno, que numa "carta ao leitor" explica a diferença entre o jovem de A Repetição, para o qual o obstáculo era de ordem puramente externa (o amor à jovem), e Quidam, que encontra esse obstáculo em si mesmo (sua culpa e seu arrependimento). Para superá-lo, precisa de uma paixão - Lidenskab - mais forte  que a paixão poética, para qual toda felicidade vem de fora. Mas o humor leva apenas ao ponto crucial em que se consuma o salto que leva à etapa da paixão religiosa; Quidam, simples hu­morista, tem consciência do obstáculo interior, mas não tem a fé capaz de superá-lo. Assim, ele não passa de uma "figura demoníaca com tendência religiosa" ( OC, IX, p. 445), furtando-­se à questão séria, fundamental, do perdão dos pecados. 
O Post-scriptum Definitivo e Não-Cientifico às "Migalhas Filosóficas", publicado em fevereiro de 1846, é a contrapartida teórica de Etapas, "arrazoado existencial" que se tornou um texto clássico da filosofia existencial, sem dúvida por causa de seu humor voltado contra a especulação hegeliana. Esta consiste, segundo Climacus, em perder-se na objetividade. O filósofo especulati­vo ateu é simplesmente trágico. Mas se quiser alcançar a felicidade eterna pela especulação, será cômico também, porque há contradição em querer apropriar-se da felicidade se suprimindo. Climacus ironiza sobre o Sistema, no qual "não deve restar vestígio de existência, nem sequer o mais insignificante penduricalho penduricalhan­te, como o sr. Professor, que, em plena existên­cia, escreve o Sistema" (OC, X, p. 116). Como será dito mais tarde em outra obra kierkegaardia­na, A Doença até a Morte, o pensador especula­tivo não habita o palácio colossal que abarca toda a realidade, "mas uma pequena dependên­cia, a casinha do cachorro, no máximo o quarto do zelador" (OC, XV!, p. 201). Para o pensador existencial, que é Climacus, "pode haver um sistema lógico. Não pode haver sistema da existên­cia" (OC, X, p. 103). Pois quem diz Sistema diz mundo fechado, mas a existência é abertura, liberdade. O pensador do Sistema transforma are­lação com a verdade numa certeza objetiva apresentada de maneira doutoral e direta, com total certeza científica. Já Cli.macus ressalta que a "incer­teza objetiva, mantida na apropriação da interio­ridade mais apaixonada, é a verdade, a mais alta verdade que possa haver para um existente" ( OC, X, p. 189). Então o como subjetivo precede e até resolve o quê objetivo: "A subjetividade é a verdade" (p. 189).

Mas embora essa verdade apareça como o paradoxo de Cristo (paradoxo em que o filósofo Kierkegaard dolorosamente esbar­rou, e que determina toda a parte religiosa da sua obra), de tal sorte que, em outro sentido, "a sub­jetividade é a não-verdade" (p. 193), a auto­apropriação não consiste mais, como na etapa ética, em tornar-se manifesto, mas _sim em crer no absurdo. Há, por conseguinte, duas formas de religiosidade. "A religiosidade A" é a simples tomada de consciência pelo sujeito de seu ser eterno, tal como é expressa pelo juiz Wilhelm e desenvolvida no sermão de um "pastor jutlan­dês", retomado no fim de A Alternativa e nos Dezoito Discursos Edificantes (OC, VI) que Kierkegaard publicou, com seu nome, de 1843 a 1844, cada um deles acompanhando uma obra pseudônima, qualificando-os, no Post-scriptum, de "puramente filosóficos" (OC, X, p. 238). Essa religiosidade é superada pela "religiosidade B", que é a maior paixão, para apropriar-se do eterno fora de si, no fato histórico do Deus que se faz homem, e dar a existência temporal uma dimensão divina que ela nunca poderia encontrar em si mesma.
A partir de 1847, Kierkegaard publicou uma série de escritos religiosos (de tipo B). Notemos Obras do Amor (1847) e Discursos Cristãos (1848), publicados com sua assinatura. Em se­guida, sob o pseudônimo de Anti-Climacus, pu­blicou A Doença até a Morte, de 1848 ( cuja aná­lise do pecado dá seguimento à análise do salto em O Conceito de Angústia), e Escola do Cris­tianismo (1850), resposta indireta à Dogmática hegeliana do pastor Martensen. Notemos ainda que o novo pseudônimo, Anti-Climacus, apesar de não ser fundamentalmente antifilosófico, ape­la sem reservas à penitência e à morte para o mun­do. Opõe-se, assim, a Climacus, simples humo­rista cujo devir cristão é avaliado de acordo com os degraus escalados. Mas Anri-Climacus, por sua vez, visava a um ideal tão elevado que Kíer­kegaard não o pôde alcançar, e, nos Papéis de 1849, ele diz de si mesmo que se situa "acima de Johannes Climacus, abaixo de Anti-Climacus" (Papirer, X, p. l, A, p. 517).

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• Os escritos de Kierkegaard, publicados em dinamarquês por ele próprio ou cm edições póstumas, acham-se reunidos nas Sam lede Vãrker, 2'" ed. ( com sumários, índices de autores e dos conceitos-chave), 15 vol., Copenhague, 1920- 1936; 3:' ed., 20 vol., Copenhague, 1962-1964 ( com índice comparativo das três edições). A segunda edição é a mais freqüentemente citada. Para as notas datadas e não datadas ( O Diário), esboços, obras inacabadas ou não publicadas pelo autor, ver os Papirer, l '. ed., 20 vol., Copenhague, 1909-1948; 2'. ed. aumentada, 22 vol. + 3 vai. de índice, Copenhague, 1968-1978. Uma edição francesa das Obras Completas ( Oeuvres completes), 19 vol. + l vol. de índice (Sam lede Viirker e alguns textos de Papirer), trad. por P. H. Tisseau e E. M. Jacquet-Tisseau e introduzidas por J. Brun, está sendo publicada pelas Editions Orante, Paris, l 966 ss.: J. (a publicar): Quatre artic/es, 1834-1836; Notre litté­rature de presse, 1835; Des papiers d'un homme encare en vie: Andersen en tant que romancier, 1838; La lutte entre l 'ancienne et la nouve/le cave à savon, 1838; Prédication de séminaire, 1841. 2. (publicado): Le concept d'ironie constamment rapporté à Socrate, 1841; Un article, 1842; Johannes Climacus ou De Omnibus dubitandum est, 1842- 1843. 3. (publicado): l/alternative, primeira parte, 1843. 4 (publicado): L'altemative, segunda parte, 1843. 5. (publi­cado): La répétition, 1843; Crainte et tremblement, 1843; Une petite annexe, 1844. 6. (publicado): Dix-huit discours édifiants, 1843-1844; Épreuve homilétique, 1844. 7. (pu­blicado): Miettes philosophiques, 1844; Le concept d'an­goisse, 1844; Préfaces, 1844. 8. (publicado): Trais discours surdes cinconstances supposées, 1845; Quatre articles de Fãdrelandet, 1845; Un compte rendu littéraire, 1846. 9 .. (publicado): Stades sur le clzemin de la vie (ln vino veritas, Divers propos sur le mariage en réponse à des objections, Coupable= Non coupable), 1845. 10-11 (publicado): Post­scriptum définitif et non scientifique ai~, Miettes philoso­phiques, 1846. 12 (a publicar): Le livre sur Adler, 1847. 13. (publicado): Discours édifiant sur diverspoints de vue, 1847. 14. (publicado): Les oeuvres de l'amour, 1847; La dialectique de la communication éthique et éthico-reli­gieuse, 1847. 15. (publicado): Discours chrétiens, 1848; La crise et une crise dans la vie d 'une actrice, 1848; M. Phis­ter dons le rôle du capitaine Scipion, 1848. 16. (publica­do): Point de vue explicatlf de mon oeuvre d'écrivain, 1848, publicado em 1859; Deux petits traités éthico-religieux (Un homme a-t-il le droit de se laisser mettre á mor/ pour la vérité?, Sur la différence ente un génie et un apôtre), 1849. 17. (publicado): La neutrulité armée, 1849; École chr/st/anis/ne, 1850; Un at1icle, 1851; Sur mono, d'écrivain, 1851. 18. (publicado): Deux discours pour la communion du vendredi, 1849; Un discours édifiant, J 850; De I'immutabilité de Dieu, 1851; Jugez vous-mêmes, 1851- 1852. 19. (a publicar): Vingt et un articles, 1854-1855; Ceei doit être dit, que ce soit donc dit, 1855; L'instant, 1855; Comment Christjuge le christianisme officiel, 1855. Para os documentos relativos ao noivado de Kierkegaard, ver lettres à Régine Olsen, trad. P. H. Tisseau, Bazoges en-Pareds, 1949. Extratos dos Papirer foram traduzidos por K. Ferlov e J. J. Gateau com o titulo de .Journal, 5 vol., Paris, 1941-1961.
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Peter KEMP

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