Os
heterônimos de Kierkegaard - p.309-315
Existem mais
e vinte diferentes pseudônimos na obra de Kierkegaard. Mas, nem todos poder ser
considerados verdadeiros heterônimos como eu os defino, isto é, personagens-autores co
personalidades completamente desenvolvidos e estilos diferentes do de
Kierkegaard e de cada um dos outros. (Minha opinião é que Kierkegaard criou
entre doze e treze verdadeiros heterônimos como explico abaixo), sendo os
outros apenas ou seus personagens ficcionais ou meros nous-de-plume e não heterônimos ou alter-egos plenamente
construídos. Esta é uma lista anotada dos mais importantes pseudônimos de
Kierkegaard.
1.
Alguém
que Ainda Vive [One Still Living] (En Endnu Levendes;1938) é o autor da critica
ao romance de H.C Andersen Apenas um tocador de Violino. Este não é um verdadeiro
heterônimo, mas apenas um nom-de-plume tipicamente romântico. A referencia é
a crença dele e de seu pau de que ele morrer ua antes de seu pai. O livro foi
publicado pouco depois da morte d pai de Kierkegaard.
2. Victor Eremita (o hermitão vitorioso; 19430 é o personagem-editor de Ou(1943) para qual ele escreveu um “Prefácio”. O nome pode referir-se ao recente rompimento de Kierkegaard com Regine Olsen, mas mais importante , ele expressa a descoberta de sua vocação. Ele é também o terceiro orador no banquete de Vino Veritas em estação na estrada da vida (1845).
3. “A” (1834/1843) era inicialmente apenas um nom-de-plume para alguns artigos polêmicos escritos durante os tempos de estudante de kierkegaard. Mais tarde “A” tornou-se um heterônimo plenamente construído, o personagem-autor responsável pela primeira parte de Ou-Ou (1843). “A” é um poeta e vive no estágio estético. Ele não tem um personalidade desenvolvida, fundamentada,e por isso não recebe um nome real, mas apenas a designação “A” que pode significar “aestethetica”, mas que se opõe a “B” no livro, que é o autor da segunda metade. “A” escreve folhas quarto de alta qualidade, com bela caligrafia, é de uma natureza refinada, idiossincrática, mas é um eu fragmentado, dividido entre manifestações disjuntas da vida, um barco sem vela movendo-se caoticamente sobre águas turbulentas.
4. Johannes o Sedutor (1843) é o personagem-autor de diário de sedutor em Ou. Ele é também o quinto orador no banquete de In Vino Veritas em Estação na Estrada da Vida (1845). É possível entender Johannes o Sedutor como um criação ou como um pseudônimo de “A”, o heterônimo que escreveu a primeira parte de Ou.
5. Juiz Vilhem (1843), aliás, “B” (1836) – é o personagem autor de toda a segunda metade de Ou e também da segunda parte de Estações para Vida, chamada “Algumas Reflexões sobre o Matrimonio em resposta a Objeções”(1845). Neste texto, o juiz é identificado no frontispício simplesmente como “ Um Homem Casado”. Na verdade, o pseudônimo “B” surgiu primeiro em 1836 como autor de alguns artigos polêmicos precoces. Nestas primeiras aparições, “B” é não mais que um nom-de-plume. Mais tarde, em Ou, “B” (agora identificado como Juiz Vilhem) tornou-se um heterônimo plenamente desenvolvido, representante par exellence do estágio ético de Kierkegaard. O juiz usa papel oficio para escrever, como um funcionário publico. Ele é um homem cuja vida é ordeira e cujas opiniões são eticamente fundamentadas numa impassível fé de Deus, no matrimônio e na sociedade que ele serve.
6. O Pastor de Jylland (1843) é a única designação para o autor do sermão no fim de Ou. Ele é uma verdadeiro personagem autor, e nem mesmo um nom-de-plume. É apenas um designação para o autor anônimo de uma peça que poderia muito bem ser visto como um tipo de pseudônimo criado por Vilhem que, que neste caso seria o autor do sermão.
7. Johannes de Silentio ( João do Silêncio; 1943) é o heterônimo responsável por Temor e Tremor (1843). Ele é um homem já de avançada idade, que está interessado em diferentes filosofias do seu tempo, mas percebe agora que foi iludido. Suas já antigas reflexões bíblicas e sobre Abraão o levaram a compreender a profundidade da vida de fé.Ele mesmo sente-se, ao mesmo na época em que escreveu o livro, incapaz de torna-se um homem de fé como Abarão. Johannes vive no estágio chamado ético-religioso, ou da religiosidade A.
8. Constantin Cosntantius (constante de pequena constância; 1843) é o heterônimo responsável por Repetição (1843), e é também o segundo orador no “banquete” de In Vino Veritas em estação na estrada da vida (1845). Constantius vive na esfera ética, mas luta com suas limitações quando faz experimentos psicológicos com a atordoante noção que ele descobriu, ou seja, “a repetição”.(Gjentagelsen).
9. O jovem (1843) é o personagem central re Repetição. Ele vive no estágio e escreve cartas a Cosnantinus. Ele é também o primeiro orador no “banquete” de In Vino Veritas em Estações na Estrada para vida (1845). Ele pode ser entendido como uma criação da mente de Constantius ou espécie de pseudônimo. Thompson interpreta Constantius como dizendo que “o jovem” é um devaneio de sua imaginação. O fato de ambos aparecerem como oradores no “banquete” de In Vino Veritas em Estações na Estrada da Vida torna esta teoria muito improvável, penso eu. Por outro lado, ele pode ser visto como o mesmo “A” de Ou, agora em diálogo com Constantius e não com o juiz. Curiosamente, Hans Brochner afirmava ser o modelo para o “Jovem” de Kierkegaard.
2. Victor Eremita (o hermitão vitorioso; 19430 é o personagem-editor de Ou(1943) para qual ele escreveu um “Prefácio”. O nome pode referir-se ao recente rompimento de Kierkegaard com Regine Olsen, mas mais importante , ele expressa a descoberta de sua vocação. Ele é também o terceiro orador no banquete de Vino Veritas em estação na estrada da vida (1845).
3. “A” (1834/1843) era inicialmente apenas um nom-de-plume para alguns artigos polêmicos escritos durante os tempos de estudante de kierkegaard. Mais tarde “A” tornou-se um heterônimo plenamente construído, o personagem-autor responsável pela primeira parte de Ou-Ou (1843). “A” é um poeta e vive no estágio estético. Ele não tem um personalidade desenvolvida, fundamentada,e por isso não recebe um nome real, mas apenas a designação “A” que pode significar “aestethetica”, mas que se opõe a “B” no livro, que é o autor da segunda metade. “A” escreve folhas quarto de alta qualidade, com bela caligrafia, é de uma natureza refinada, idiossincrática, mas é um eu fragmentado, dividido entre manifestações disjuntas da vida, um barco sem vela movendo-se caoticamente sobre águas turbulentas.
4. Johannes o Sedutor (1843) é o personagem-autor de diário de sedutor em Ou. Ele é também o quinto orador no banquete de In Vino Veritas em Estação na Estrada da Vida (1845). É possível entender Johannes o Sedutor como um criação ou como um pseudônimo de “A”, o heterônimo que escreveu a primeira parte de Ou.
5. Juiz Vilhem (1843), aliás, “B” (1836) – é o personagem autor de toda a segunda metade de Ou e também da segunda parte de Estações para Vida, chamada “Algumas Reflexões sobre o Matrimonio em resposta a Objeções”(1845). Neste texto, o juiz é identificado no frontispício simplesmente como “ Um Homem Casado”. Na verdade, o pseudônimo “B” surgiu primeiro em 1836 como autor de alguns artigos polêmicos precoces. Nestas primeiras aparições, “B” é não mais que um nom-de-plume. Mais tarde, em Ou, “B” (agora identificado como Juiz Vilhem) tornou-se um heterônimo plenamente desenvolvido, representante par exellence do estágio ético de Kierkegaard. O juiz usa papel oficio para escrever, como um funcionário publico. Ele é um homem cuja vida é ordeira e cujas opiniões são eticamente fundamentadas numa impassível fé de Deus, no matrimônio e na sociedade que ele serve.
6. O Pastor de Jylland (1843) é a única designação para o autor do sermão no fim de Ou. Ele é uma verdadeiro personagem autor, e nem mesmo um nom-de-plume. É apenas um designação para o autor anônimo de uma peça que poderia muito bem ser visto como um tipo de pseudônimo criado por Vilhem que, que neste caso seria o autor do sermão.
7. Johannes de Silentio ( João do Silêncio; 1943) é o heterônimo responsável por Temor e Tremor (1843). Ele é um homem já de avançada idade, que está interessado em diferentes filosofias do seu tempo, mas percebe agora que foi iludido. Suas já antigas reflexões bíblicas e sobre Abraão o levaram a compreender a profundidade da vida de fé.Ele mesmo sente-se, ao mesmo na época em que escreveu o livro, incapaz de torna-se um homem de fé como Abarão. Johannes vive no estágio chamado ético-religioso, ou da religiosidade A.
8. Constantin Cosntantius (constante de pequena constância; 1843) é o heterônimo responsável por Repetição (1843), e é também o segundo orador no “banquete” de In Vino Veritas em estação na estrada da vida (1845). Constantius vive na esfera ética, mas luta com suas limitações quando faz experimentos psicológicos com a atordoante noção que ele descobriu, ou seja, “a repetição”.(Gjentagelsen).
9. O jovem (1843) é o personagem central re Repetição. Ele vive no estágio e escreve cartas a Cosnantinus. Ele é também o primeiro orador no “banquete” de In Vino Veritas em Estações na Estrada para vida (1845). Ele pode ser entendido como uma criação da mente de Constantius ou espécie de pseudônimo. Thompson interpreta Constantius como dizendo que “o jovem” é um devaneio de sua imaginação. O fato de ambos aparecerem como oradores no “banquete” de In Vino Veritas em Estações na Estrada da Vida torna esta teoria muito improvável, penso eu. Por outro lado, ele pode ser visto como o mesmo “A” de Ou, agora em diálogo com Constantius e não com o juiz. Curiosamente, Hans Brochner afirmava ser o modelo para o “Jovem” de Kierkegaard.
Referência: GOUVÊA, Ricardo Quadros. Paixão pelo paradoxo : uma introdução aos estudos de Søren Kierkegaard e de sua concepção da fé cristã / 2006 uma introdução aos estudos de Søren Kierkegaard e de sua concepção da fé cristã. São Paulo: Fonte Editorial, 2006. 320 p.
legal...
ResponderExcluirvamos fazer uma cópia para o mural na BBP