sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Repetição (A) Ensaio de experiência psicológica, Gjentagelsen, Et Forsùg i den experimenterende Psychologi,1843.


Dicionário de Obras Filosóficas

de Denis Huisman
Edição/reimpressão:2000
Páginas: 610
Editor: Martins Fontes
ISBN: 9788533612518
Idioma: Português do Brasil
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Kierkegaard,Søren Aabye ,Filosofo dinamarquês ,1813-1855.
       
Repetição(A), p.481 Ensaio de experiência psicológica, Gjentagelsen, Et Forsùg i den Experimenterende Psychogi, 1843.  
                                     
Intimamente ligada ao noivado rompido de Kierkegaard, esta obra apresenta-se mais como narrativa romanceada ou um romance epistolar do que como um estudo conceitual. Nela, Kierkegaard desenvolve a noção de “repetição” (Gjetagenlsen), subentendendo-se: do noivado. Mas além desse aspecto autobiográfico, Kierkagaard procura esboçar toda uma concepção do tempo e da existência humana.
A repetição é “experimental”, como indica o subtítulo da obra. É a reprodução do que foi vivido. Mas o alcance dessa experiência, em Kierkegaard, é religioso. Isto porque o instante possibilita que nos instalemos no que permanece. A repetição não é, pois, saudade do passado para qual tenderíamos nosso desejos, mas, ao contrário, um ímpeto rumo ao além do tempo. Convém ver no que o homem faz, diz ou pensa aquilo que empenha para sempre. A repetição é a permanência eterna do que foi e sempre será. Ela nos responsabiliza diante da comunidade dos homens e diante de Deus.
A concepção de tempo proposta por Kierkegaard está bem distante da concepção de Kant e de seus sucessores e marcou nitidamente a corrente existencialista, tanto atéia quanto cristã.


Estudo: h-n vergote, Sens et répétition, essai sur l’ ironie kierkegaardienne, 2 vols.,le cerf, 1982.

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